'Vamos ter que diminuir bastante', diz reitor da UFC após anúncio de corte orçamentário

Essa foi a primeira vez em 13 anos que o orçamento sofre redução nominal.

O Ministério da Educação anunciou, na semana passada, uma previsão de redução no valor da verba destinada a universidades federais de todo o País. E a Universidade Federal do Ceará (UFC) não ficou de fora.
 
A notícia pegou de surpresa o reitor Henry Campos. "Vamos ter que diminuir bastante o que vinha num ritmo acelerado de crescimento nos últimos anos", lamentou o reitor, que afirmou que agora irá priorizar principalmente as obras que precisam ser concluídas no campus.
 
O corte será de 12,34% no orçamento de 2017 em comparação com a lei orçamentária deste ano. De acordo com a instituição, o valor da redução representa um corte de R$ 18,1 milhões nas consideradas 'despesas de livre movimentação', que são as verbas cuja finalidade é definida pela própria instiuição.
 
Essa foi a primeira vez em 13 anos que o orçamento sofre redução nominal.
 
De acordo com Campos, a saída pode ser apostar em parcerias para não comprometer o desenvolvimento do ensino superior na unidade. "Acho que nós temos um potencial grande para buscar parcerias público-privadas, parcerias internacionais e criar meios para aumentar a nossa arrecadação própria", finalizou.
 
A instituição explicou, ainda, que a aprovação do novo limite orçamentário não garante a total liberação dos recursos, pois pode haver contingenciamento, como vem ocorrendo neste ano.
 
Segundo a UFC, apesar de não sofrerem perdas aparentes, as rubricas de custeio e do Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes) deverão sentir o impacto dos reajustes anuais dos contratos e as perdas decorrentes da inflação, além do aumento de demanda de assistência estudantil resultante da política de expansão da instituição nos últimos anos. De acordo com a universidade, essa política de expansão é responsável pela expansão da instituição rumo ao Interior, com a inauguração dos campi de Russas e Crateús, por exemplo.