A Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa) emitiu boletim epidemiológico na última sexta-feira (12) e confirmou que cinco pessoas morreram em decorrência da febre chikungunya neste ano no Ceará em 2017. As mortes foram registradas em Fortaleza (2 casos), Caucaia, Beberibe e Pacajus. Além dos casos já confirmados, outros 40 óbitos estão sendo investigados para confirmar se têm relação com a doença.
Ao todo, segundo o boletim, foram notificados 41.723 casos de chikungunya no Ceará. Os dados são referentes ao período entre 1º de janeiro e 12 de maio.
Além da febre chikungunya, a Sesa também atualizou o número de casos confirmados de dengue e zika, doenças que também são transmitidas pelo mosquito aedes aegypti.
Conforme o órgão, foram notificados 32.682 casos de dengue no Ceará, dos quais 7.710 foram confirmados em 110 dos 184 municípios cearenses. Três óbitos foram confirmados em decorrência da doença em Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte. Outros 35 óbitos suspeitos de dengue estão em investigação.
No total, 125 casos de zika foram confirmados.
Os sintomas
Por ser transmitido pelo mesmo vetor da dengue, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões sazonais da dengue. Entre quatro e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre repentina acompanhada de dores nas articulações.
Outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas dores articulares, existentes na chikungunya e não tão comuns na dengue.
Em média, os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos.
De acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.