Vaqueiros de todo o País protestam contra a proibição da vaquejada

Fortaleza e o Interior do Estado também registraram manifestações contra a ilegalidade da prática no território nacional

Essa terça-feira (11) foi marcada por protestos em quase todo o País; vaqueiros e trabalhadores de vaquejadas realizaram manifestações em ao menos 11 estados e no Distrito Federal contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que pode tornar a prática esportiva ilegal em todo o Brasil.
 
Na semana passada, o STF derrubou uma lei do Ceará que legalizava a prática. Os ministros consideraram que a atividade é inconstitucional e que impõe sofrimento ao animal. Como parte da mobilização nacional praticantes e admiradores da vaquejada participaram do protesto em Brasília, onde o movimento se concentrou na Esplanada dos Ministérios. 
 
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Uma admiradora do esporte desde criança lamentou a proibição que, segundo ela, interfere de forma brusca, no comércio que hoje movimenta muito dinheiro no País. "Hoje o mundo do cavalo gera mais de R$ 3 milhões de empregos diretos a nível Brasil. Nós somos o terceiro rebanho mundial e movimentamos um público maior que o do futebol e geramos mais empregos do que a indústria automobilística", disse Estefânia Leão.
 
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A decisão tomada na semana passada, pelos entendimento dos ministros do STF, a vaquejada não pode ser considerada apenas um esporte ou uma atividade cultural porque ela impõe uma situação de maus-tratos aos animais. A proibição foi aprovada por 6 votos a 5 e, desde então, tem provocado muitos questionamentos em todo o País. 
 
A lei do Ceará que regulamenta as vaquejadas no Estado foi derrubada com a decisão. O movimento promete uma manifestação ainda maior no próximo dia 25. "Nós estamos preparando, na verdade, um mega evento no próximo dia 25 de outubro, onde vão se reunir todos os estados do Brasil todo aqui no coração de Brasília pra mostrar a força que a vaquejada tem", explicou o advogado Paulo Victor. 
 
Em Fortaleza, também foi realizado protesto a favor da vaquejada e contra a decisão do STF. No Interior do Ceará, vaqueiros, criadores e empresários também se uniram para protestar contra a decisão.