Polícia Federal cita envolvimento de Temer e cúpula do PMDB em diversos crimes

A Especializada enviará o inquérito ao Supremo Tribunal Federal

Nesta segunda-feira (11) a Polícia Federal divulgou, por meio de nota, que possui provas de que o presidente Michel Temer e os demais integrantes do chamado “grupo do PMDB da Câmara” estão envolvidos em práticas criminosas. Segundo o inquérito, que será enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), os peemedebistas praticaram os crimes de corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e evasão de divisas.

De acordo com a PF, a cúpula do PMDB mantinha “estrutura organizacional com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública direta e indireta”.  

Conforme a Especializada, o grupo seria composto pelos ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha e da Secretaria de Governo, Moreira Franco. Os ex-ministros Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos presos após investigações da Operação Lava Jato, também integram a turma investigada pela PF.  

Defesa

Em nota, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República informou que Temer “não participou e nem participa de nenhuma quadrilha”. 

A assessoria do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informou que ele só irá se pronunciar “quando e se houver acusação formal contra ele que mereça resposta”. Também por meio da assessoria de imprensa, o ministro Moreira Franco afirmou que jamais participou de qualquer grupo para a prática de ato ilícito.

Henrique Eduardo Alves divulgou nota em que diz que faz parte do PMDB há mais de 40 anos e não de uma organização criminosa. As defesas de Geddel e Cunha foram procuradas e não responderam à reportagem