Ministro Edson Fachin é o novo relator da Operação Lava Jato

A vaga estava aberta desde a morte do ministro Teori Zavascki

O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu nesta quinta-feira (02), por sorteio eletrônico, que o ministro Edson Fachin será o novo relator da Operação Lava Jato. A vaga ficou aberta depois da morte do ministro Teori Zavascki, no último dia 19.
 
O sorteio foi realizado entre os ministros da segunda turma, que é encarregada de análise dos inquéritos e recursos ligados ao esquema de corrupção que atuou na Petrobrás. Juntamente com o novo relator, fazem parte da segunda turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.
 
Além de ser o maior conhecedor dos casos, o relator de um caso também tem o poder, por exemplo, de arquivar um pedido de inquérito, encerrando as investigações. A partir de agora, qualquer solicitação ou andamento relacionado à Lava Jato, como a instalação de escutas ou a realização de diligências para coleta de provas, por exemplo, precisa ser autorizado por Fachin, caso as investigações da força-tarefa da Lava Jato indiquem o envolvimento de alguma pessoa com foro privilegiado, entre eles, parlamentares e ministros.
 
No STF tramitam, atualmente, cerca de 40 inquéritos e quase 100 delações premiadas relacionadas à Lava Jato. Ao menos 364 pessoas são investigadas no Supremo no âmbito da Operação Lava Jato, segundo o balanço mais recente divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF), muitas delas políticos no exercício do mandato parlamentar.
 
Com a definição da relatoria da Lava Jato no STF, o presidente Michel Temer deve nomear o novo ministro para ocupar a vaga deixada por Teori.