Ceará apresenta redução no número de pessoas analfabetas

Apesar da baixa, o Estado ainda conta com mais de 1 milhão de cidadãos que não sabem ler nem escrever

O número de cearenses de 15 anos ou mais analfabetos apresentou uma queda 1% entre 2016 e 2017, equivalente a 45 mil pessoas. Apesar da baixa, o Estado ainda conta com mais de 1 milhão de cidadãos que não sabem ler nem escrever. Os dados fazem parte do estudo promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e divulgada nesta sexta-feira (18), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua).

O Ceará foi o segundo estado da Região Nordeste com melhor resultado, perdendo apenas para Alagoas, que teve uma queda de 1,2% no número de analfabetos. Os demais nove estados nordestinos não apresentaram taxas positivas no período analisado pelo IBGE.

O estudo do Pnad ainda revelou que o recuo de analfabetos foi maior entre homens, de 17,9% para 16,1%, já entre as mulheres o índice teve uma baixa de apenas 0,3%, passando de 12,7% para 12,4.

Brasil

No cenário nacional, a taxa também caiu de 7,2%, em 2016, para 7% no ano passado, uma queda de 0,2 ponto percentual o que equivale a menos de 300 mil brasileiros. Mesmo com a redução, o País não atingiu a meta do Programa Nacional de Educação (PNE), que tinha o objetivo de alcançar uma taxa de 6,5% em 2015.

As maiores baixas foram registradas nas regiões Centro-Oeste (5,2%), Sudeste e Sul (ambas com 3,5%). As Regiões Nordeste e Norte, com percentuais 14,5% e 8%, ficaram acima da meta do PNE.

Idosos

A pesquisa constatou existência de relação direta do analfabetismo com a idade. Em 2017, entre as pessoas com 60 anos ou mais, a taxa foi 19,3%, 1,1 ponto percentual menor do que em 2016 (20,4%)", informou o IBGE.

Na Região Nordeste, 38,6% da população de 60 anos ou mais não sabiam ler ou escrever um bilhete simples, taxa quatro vezes maior que a do Sudeste para o mesmo grupo etário, que foi de 10,6% em 2017.

*contém informações do site Diário do Nordeste