PIB do Ceará cresce 4,36% em relação a 2013

A economia cearense segue crescendo além do valor nacional. Em 2014, o montate do produto interno bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos em determinada região, cresceu 4,36% em relação a 2013. O resultado superou novamente a média do país no período, que ficou em 0,1%. 

"Em 7 anos consecutivos que o Estado cresce muito mais do que o Brasil", destaca Flávio Ataliba, diretor do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE).

Apesar do crescimento, o Ceará ainda é um estado pobre, que, segundo Flávio, "tem um longo caminho de esforço continuado de governos para chegar a média da renda per-capita do brasileiro".

Do que é oferecido no Estado, obtiveram destaque os setores de serviços, focado no turismo, hospitalidade e alimentação e o comércio, nos segmentos de varejo e calçados.

"Apesar de observarmos um ritmo de desaceleração na criação de vagas, o Estado registrou um melhor ritmo de vagas comparado a 2013. Em 2014, o Ceará registrou o 3º maior saldo de crescimento em relação a todos os outros estados brasileiros", destaca o analista Alexsandre Cavalcante.

Enfrentando secas prolongadas, o setor agropecuário  fechou o último ano com subida de 2,61%. O valor foi carregado, segundo os analistas do IPECE, por uma boa distruição das chuvas, que permitiram o desenvolvimento de diversos setores, como as lavouras de cequeiro e milho.

O grande problema cearense continua sendo a Indústria que, após crescimento em 2013 (5,62%), está em queda, com baixa de 1,87% contra 1,2% nacional.

"Nossa indústria sofre de questões estruturais, como a burocracia, carga tributária elevada, capital humano insuficiente que a torne competitiva. Para completar o ambiente ruim, em 2014 a situação da economia não apresentava ao investidor boas perspectivas de futuro, sem a certeza de como a economia iria caminhar e isso afeta a demanda, que diminui", explica o analista Witalo Paiva.