Segundo o Ministério do Trabalho e da Previdência Social, transtornos mentais são a quarta maior causa de afastamento do trabalho.
Em 2014, no Brasil, 222 mil pessoas foram afastadas por esses problemas. Dessas, 83 mil tinham depressão.
Para falar sobre o tema, o Diário da Manhã convidou a psicóloga Andrea Autran. Ela esclareceu um conceito básico e fundamental: a diferença entre tristeza e depressão.
"A depressão está na categoria do transtorno de humor. Ela tem como tristeza um dos sintomas, mas tem um outro quadro sintomático que persiste por um período de 2 semanas, de maneira intensa, afetando a qualidade de vida", explica.
Dentro desse quadro, a psicóloga afirma que é comum haver em pacientes diagnosticados com depressão a falta de vontade / disposição, ausência de prazer nas atividades que a pessoa antes tinha.
Há casos em que também são registrados extremos: pacientes que ganham ou perdem muito peso, outros que têm insônia ou dormem muito. Ela também aponta angústia e irritabilidade como outros sintomas presentes no quadro depressivo.
"Esses sintomas (entre 3 ou 4 juntos ) no período de 2 semanas, de uma maneira intensa, afetando a qualidade de vida pode ser configurada depressão", ensina a psicóloga.
Já a tristeza diz respeito a pequenas perdas ou frustrações que o dia a dia nos traz. São episódios quando a gente cria expectativa numa determinada situação e não atingimos. Exemplos: fim de relacionamento, briga com amigo, conflito com o filho, no trabalho, etc.
Avaliação individual
O quadro depressivo, diferente de outros problemas, gera angústia e um incômodo. "A pessoa é autorizada a falar sobre si, mas a gente sabe que no transtorno mental, às vezes, a pessoa está com a percepção de mundo alterada", explica Andrea Autran.
Dessa forma, é importante a pessoa procurar ajuda especializada.
Uma outra situação que parece ir no sentido contrário da depressão é transtorno de ansiedade, mas esse transtorno também pode levar à depressão.
São muitas as causas que podem levar ao transtorno de ansiedade, como o acúmulo de atividades na rotina e o excesso de informação com que algumas pessoas precisam lidar diariamente.