Uma nova prática começa a preocupar as autoridades de saúde brasileiras. A automedicação de consumidores está sendo realizada através de compras online em sites estrangeiros e redes sociais.
No Brasil, alguns lojas online de farmácias permitem a venda daqueles que não sejam tarja preta, porém, nos meios clandestinos a venda é liberada e muitos dos remédios não contam com autorização para comercialização no país, expedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Com a venda na internet, não conseguimos assegurar a qualidade do produto. Muitas vezes você pode estar pagando apenas por farinha", ressalta Luciana Irineu, secretária geral do Conselho Regional de Farmácia (CRF).
Inibidores de apetite e tranquilizantes são os mais procurados, como informa Luciana. "As pessoas procuram drogas que ajudem na perda de peso, os anorexígenos e para concentração, conhecidos como 'remédio dos concurseiros'", afirma.
Penalidades
Segundo informa a represente do conselho, as penalidades para crimes envolvendo medicamentos podem chegar a 15 anos de prisão, dependendo da modalidade.
A venda de remédios sem receita médica gera uma pena de 1 a 3 anos de prisão para o vendedor; com os remédios falsificados a pena varia de 10 a 15 anos; para aqueles que importam os medicamentos sem autorização de comercialização a pena pode chegar a 8 anos.
Além disso, o profissional de saúde que for flagrado realizando as vendas poderá ter seu diploma cassado pelo conselho.
*Com informações do repórter Alan Lima.