'Pode piorar a doença', alerta farmacêutico sobre automedicação caseira no tratamento de chikungunya

Conforme Iago Caúna, as receitas caseiras não são seguras. 'Não é porque ela é natural que ela é isenta de interações medicamentosas'

Com mais de 16 mil casos confirmados no Estado, a febre chikungunya continua apavorando a população cearense. Para tentar combater os sintomas da doença muitos recorrem a receitas caseiras de remédios, como a dona de casa Mariana Alexandrino. "Eu tomava banho com o chá da alfavaca e bebia. Tomava o chá de camomila com gengibre. Inhame com maçã ou goiaba batida no liquidificador. Também bebia água com alho", conta a dona de casa.

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Há dez meses a idosa lida com os sintomas da doença. "Sinto dor nas costas, no braço. Incha o joelho, o pé. Mesmo depois desse tempo não posso me considerar curada." No auge da chikugunya Dona Mariana chegou a pensar que não conseguiria mais andar e por muito tempo dependeu de um andador para se locomover. 

Mas como alerta o farmacêutico Iago Caúna, é importante lembrar que a automedicação, mesmo que com produtos naturais, pode trazer riscos à saúde . "Não se é indicado nenhum tipo de chá nesse processo. Não é porque ele é natural que ele é isento de interações medicamentosas e que elas não possam ser importantes na piora do quadro clínico", explica o profissional. 

Conforme o farmacêutico, algumas alternativas caseiras indicadas pelo Ministério da Saúde, como compressas de gelo, podem ser utilizadas. “É bom se restringir a uma dieta leve. Investir na hidratação, no repouso e, se for para fazer algum alívio domiciliar, fazer compressa fria”, lista Iago