Subiu de 20 para 26 o número de mortes causadas por febre Chikungunya no Ceará, segundo os dados do boletim da Secretaria de Saúde do Estado, divulgado na última sexta-feira (9). As vítimas, 13 do sexo masculino e 13 do sexo feminino, eram residentes dos municípios de Fortaleza (20), Caucaia (3), Beberibe (1), Pacajus (1) e Senador Pompeu (1).
Ao todo, foram notificados 71.491 casos de Chikungunya no Estado neste ano, no entanto, apenas 30.627 foram confirmados. A atual taxa de incidência da doença é de 797,6 casos para cada 100 mil habitantes. Apenas em Fortaleza, são 20.864 confirmações, o que corresponde a quase 70% do total de casos.
Dengue
Já sobre os números da dengue, o Ceará notificou neste ano 46.980 casos, dos quais 10.714 foram confirmados. Foram registrados também 63 ocorrências de dengue com sinais de alarme e outros dez de dengue grave, dos quais oito resultaram em óbito dos pacientes. A taxa de incidência é de 524,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Zika
A Zika, por sua vez, notificou 2.171 casos suspeitos em 2017. Até o momento, 331 foram confirmados e outros 758, descartados. Do total de casos confirmados, 18 foram comprovados em gestantes, nos municípios Brejo Santo, Caucaia, Icó, Independência, Fortaleza, Maracanaú, Horizonte, Crateús e Uruoca.
Cuidados
A dengue, a zika e a chikungunya são três doenças que circulam pelo País transmitidas pelo mesmo vetor: o mosquito Aedes Aegypti. Todas elas têm as mesmas características sintomáticas: febre alta, dor no fundo dos olhos, vermelhidão na pele, coceira e distúrbios gástricos.
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, indica que após os primeiros sintomas o paciente deve buscar uma unidade de saúde para orientações. “Se o paciente começar a ter qualquer um desses sintomas, ele primeiro deve evitar o uso de medicação sem indicação médica, principalmente para baixar a febre, reforçar o consumo de líquidos e procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS). Caso seja durante o final de semana, ele deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 horas)”, disse o secretário.
A automedicação pode ser perigosa, principalmente em casos de dengue. Medicamentos compostos por ácido acetilsalicílico podem agravar a doença. Remédios caseiros, muitas vezes tido como inofensivos por serem naturais, podem agravar o quadro clínico, segundo o farmacêutico Iago Caúna.