Governo garante que não haverá cortes nas ações de combate à microcefalia

O Ministério da Saúde divulgou, nessa segunda-feira (01), um novo boletim sobre a microcefalia, uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio menor.
 
O número de casos tem aumentado significativamente. Em apenas uma semana, cresceram em 70% os registros no Brasil. Também aumentou o número de estados com casos da doença: passou de 9 para 14. No Ceará, são 25 casos suspeitos.
 
Diante da situação preocupante, o Governo Federal garantiu que não vão haver cortes nas ações de combate à microcefalia e, segundo o MS, o acompanhamento do novo quadro é prioridade da pasta. 
 
"Muda em relação à situação habitual de combate à dengue o fato de que estamos em uma emergência de saúde pública, de que todos esses gestores públicos estão sendo conclamados a dar prioridade a essas ações. As ações relativas a essa emergência de saúde pública serão priorizadas pelo governo e que os recursos para essas ações já estão garantidos", informou Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de Vigilância Epidemiológica
 
"Vamos estabelecer em conjunto com os estados e a representação dos municípios o critério para a classificação final de casos. Todos os que temos até agora são classificados como casos suspeitos com base na medida do perímetro cefálico", explicou Cláudio Maierovitch, diretor do departamento.
 
Pernambuco tem o maior número de casos com 646. O estado já conta com acompanhamento desde outubro, onde as medidas adotadas poderão servir de exemplo para os demais estados, inclusive para o Ceará, onde já foram registrados 25 casos de microcefalia. 
 
"Pernambuco por o maior número de casos e por ter começado mais cedo tem um trabalho já bem adiantado. Obviamente que o trabalho do Pernambuco será observado por todos os secretários como um guia", disse Jurandir Frutoso, secretário-executivo do Conass.
 
A relação do zica vírus com o surto de microcefalia na região Nordeste foi confirmada pelo Ministério da Saúde ainda no último final de semana com o resultado das amostras de sangue e de tecidos do bebê recém-nascido que morreu no Ceará. Ele tinha sido diagnosticado com micrcefalia e outras malformações congênitas. Os outros 6 casos de morte ainda estão sendo investigados. 
 
O Ministério admite que o zica vírus pode causar doenças graves, mas ainda não tem uma descrição detalhada de como acontece o agravamento. Ainda de acordo com o Governo, a situação reforça o chamado para uma mobilização nacional para conter o mosquito transmissor, o aedes aegypti, que também é responsável pela dengue, zica vírus e febre chikungunya.
 
 
Número de casos suspeitos por estado, até o momento:
 
1º Pernambuco: 646
2º Paraíba: 248
3º Rio Grande do Norte: 79
4º Sergipe: 77
5º Alagoas: 59
6º Bahia: 37
7º Piauí: 36 
8º Ceará: 25
9º Rio de Janeiro: 13
10º Tocantins: 12
11º Maranhão: 12
12º Goiás: 02
13º Mato Grosso do Sul: 01
14º Distrito Federal: 01