Operação Lava Jato: PF cumpre mandados de prisão contra Eike Batista e mais 8 pessoas

A investigação mira pagamentos de propina envolvendo o ex-governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral

Na manhã desta quinta-feira (26), a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal, com o apoio da Receita Federal, deflagrou a Operação Eficiência, a segunda fase da Lava Jato do Rio de Janeiro. Nove mandados de prisão preventiva foram expedidos, entre os alvos está o empresário Eike Batista.

Mas o pedido ainda não foi cumprido porque Eike não está em casa. Segundo seu advogado, Flávio Martins, falou à "GloboNews", ele está fora do país, mas deve se entregar quando retornar.

Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos quatro mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal. A ação é um desdobramento da Operação Calicute, que prendeu no ano passado o ex-governador Sérgio Cabral. Entre os alvos de condução coercitiva estão Susana Cabral, ex-mulher do governador, e Maurício Cabral, irmão dele.

Eles são acusados de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas no Rio de Janeiro. Também são investigados pelos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa.

Prisão

Na manhã desta quinta-feiar (26) também foi preso Flávio Godinho, que hoje é vice-presidente de futebol do Flamengo. Ele é acusado de lavar dinheiro no esquema de pagamento de propinas direcionadas à Cabral.

Colaboração

Em 2016, Eike chegou a depor espontaneamente à força tarefa da Lava Jato, seu testemunho ao Ministério Público Federal resultou no pedido de prisão de Guido Mantega. Eike afirmou que ex-ministro da Fazenda pediu-lhe um pagamento de R$ 5 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT), em novembro de 2012.

Na época, Mantega era presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Sob orientação do partido, ele teria firmado um contrato fraudulento com uma empresa do casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, para realizar as transferências.

Os pagamentos foram feitos no exterior, num total de US$ 2,35 milhões, equivalente a mais de R$ 7,5 milhões.