A Banda Cabaçal dos irmãos Aniceto completou 200 anos.
A comemoração no Crato não podia ser diferente: com muita música.
Para marcar a data, foi lançado um livro sobre a história do grupo que faz parte da cultura popular do estado.
Não é a toa que a região carrega o título de "berço da cultura". São muitos os grupos que ainda mantêm vivas as terrilhadas e a alegria do folclore.
Mas o festejo de domingo (25) foi especial; para comemorar os 200 anos da Banda Cabaçal, que faz da arte uma eterna brincadeira.
Já são 2 séculos de uma tradição que chega à 4ª geração. "A banda já esteve em Portugal duas vezes, já estivemos na França uma vez; um lugar muito lindo, com uma torre maravilhosa", explica mestre Raimundo.
Eles viajam levando os instrumentos de sopro e percussão; a zabumba, a caixa, os pratos e os pífanos. A música e a dança são inspiradas na descendência dos índios do Cariri.
Na próxima viagem, em agosto, o destino será a Turquia. "Essa banda foi o meu pai quem fundou. Meu pai faleceu com 104 anos de idade e deixou 6 filhos, todos músicos da banda. Antes de falecer, ele pediu para que a gente não abandonasse esses instrumentos. A gente vem continuando com o maior prazer", afirma o mestre.
A arte secular da banda virou livro. A obra reúne um rico acervo fotográfico e artigos escritos por afetos dos irmãos Aniceto. As memórias do grupo fram também reconhecidas como patrimônio imaterial do município do Crato por meio de decreto.